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Iremos discorrer nos próximos artigos sobre a música de uma forma geral, porém dando uma ênfase física à questão. Entenderemos porque muitos dizem que a música é pura matemática, eu discordo em partes, pois digo que a música é pura matemática e física.

Antes de aprofundarmos em conceitos de freqüências, intervalos, etc, vamos aprender um pouco sobre a “origem” das notas musicais tão conhecidas de qualquer um, hoje em dia, seja músico ou não.
As notas musicais nada mais são do que freqüências distintas de vibração. Existe uma gama infinita de possíveis freqüências, porém por convenção estas foram restringidas e agrupadas recebendo o nome então de NOTAS MUSICAIS. Quando se diz que um instrumento está desafinado, o que acontece é que ele está reproduzindo freqüências diferentes, porém bem próximas das freqüências convencionais.

As notas musicais quando agrupadas recebem o nome de GAMA, e um conjunto de GAMAS recebe o nome de ESCALA MUSICAL. A constituição dos gamas podem ser diferentes, exemplo clássico disto é que a música oriental utiliza um gama de cinco notas musicais enquanto na cultura ocidental são utilizadas sete notas. A gama mais popular de todas é a GAMA DE ZARLING que utiliza as notas DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI e novamente o DÓ.

Agora surge a pergunta, porque DÓ, RÉ, MI, etc, e não BA, BÉ, BI, por exemplo? Nossa igreja católica está presente de maneira direta nesta convenção. Isto porque viveu no século XI um músico italiano chamado Guido Arezzo que percebia a enorme dificuldade de seus alunos em decorar os sons das notas musicais visto que estas não possuíam nomes. Para facilitar esta questão, Arezzo criou um processo mnemônico, através de um certo hino de louvor a São João Baptista que continha justamente as sete notas fundamentais. Este hino era muito popular na época e Guido fazia então seus alunos decorarem este hino para melhorar a execução das notas.

 

"HINO DE LOUVOR A SÃO JOÃO BAPTISTA"

"Ut queant laxis Re sonare fibris Mira gestorum Famuli torum Solve polluti Labii reatum Sancte Iohannes".

"Para que teus servos possam exaltar a plenos pulmões as maravilhas dos teus milagres perdoa a falta do lábio impuro Ó São João".

Arezzo extraiu algumas sílabas e iniciais das palavras do verso e obteve a seqüência UT, RE, MI, FA, SOL, LA, SI, que a partir de então constituía a primeira GAMA. Somente seis séculos mais tarde (século XVII), foi que o papa João Baptista Doni substituiu a nota "UT" por "DÓ" (de DOni), portanto a gama ficou assim: DÓ, RÉ, MI, FÁ SOL, LÁ, SI. Para diferenciar as diversas gamas que constitui a escala musical, convencionou-se utilizar índices junto às notas, por exemplo, DÓ1, SOL3.

Conhecendo um pouco sobre a origem da notação musical, estamos prontos para começar a ver os conceitos físicos necessários. As ondas sonoras são produzidas pela excitação das moléculas de um meio qualquer (ar, metais, isolantes, etc) que gera, então, as diferenças de pressão. As ondas precisam deste meio para se propagar. Desta maneira, percebe-se que o som é uma onda mecânica, portanto esta não se propaga no vácuo, ou seja, ela precisa de um meio para se propagar.

Freqüência é definida como sendo a quantidade de comprimentos de ondas contidos em uma unidade de tempo. Quando esta unidade é o segundo, temos a freqüência expressa em Hertz. Quanto maior é a freqüência de uma onda sonora, mais agudo é o som. O que define o que pode ser ouvido pelo ouvido humano é a freqüência com que uma onda vibra. O ouvido humano é capaz de perceber freqüências entre 20 e 20.000 Hz e este intervalo é conhecido como espectro de audiofreqüências.

A título de uma maior compreensão de tudo que falaremos a partir deste artigo, julgo relevante alguma revisão ligeiramente mais detalhada sobre alguns conceitos físicos, os quais poderão ser obtidos em qualquer bibliografia de nível secundário, como por exemplo, os livros de Beatriz Alvarenga e Antônio Máximo. Por hoje ficaremos por aqui, mas em breve discorreremos sobre os intervalos musicas, como foram definidos, quais as distâncias de freqüências entre tons maiores, menores, etc. Creio que seja um assunto de bastante interesse por todos aqueles músicos que tem espírito pesquisador e sempre buscam entender porque e como as coisas funcionam.

Saliento que estou à disposição para qualquer esclarecimento mais aprofundado sobre o assunto.

 

Frederico Rodrigues (emaildofred@gmail.com)
Doutor em engenharia acústica,
arranjador e tecladista do Pe. Fábio de Melo

  
  
 

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